Você já ouviu esta frase e muitas vezes, não?
Fazendo uma analogia, você já ouviu algum candidato em uma entrevista dizer:
– bem, agora vou falar de meus defeitos!
A verdade é que em um processo de seleção, ainda se usa muito, aqueles métodos tradicionais de perguntas do tipo:
- Diga o melhor de si (somente as coisas certas ou boas), diga como se vê e como se comporta.
-Só se for muito estúpido o candidato vai dizer coisa ruim. Considere também que o candidato quer o emprego para o qual está se candidatando. Imagine você nesta situação, como iria se comportar?
Além de existirem métodos mais científicos, deve-se lembrar sempre das chamadas competências que, na verdade, não são “novidades”.
Alguns testes são óbvios (respostas prontas) e outros definem situações interessantes, vamos ver:
Exemplo 1: Pessoas inovadoras, engenhosas, imaginação rica, sempre dispostas a novos projetos etc…
Exemplo 2: Analista, crítico, lógico, argumentos racionais etc…
Exemplo 3: Prático e disciplinado obtém sucesso através da concentração e minuciosidade etc…
São dados importantes sim, em um processo de seleção, características psicológicas entre outras.
Agora, quando falamos em competência, é necessário também, buscar lá atrás, como se diz, fazer uma varredura na vida profissional e pessoal do candidato.
É fundamental saber se o candidato pode executar sua tarefa, se ele de fato executará e, acima de tudo ou não menos importante, se ele realizará o trabalho dentro da cultura de sua empresa
A adequação de um profissional às atividades de sua empresa, não necessariamente é igual à adequação a outra.
Eu ainda acredito que peca-se muito na definição do perfil da vaga. Por experiência de 27 anos como Headhunter, tenho observado inúmeras vezes a empresa abrir um processo com uma linha de perfil e aí, somos obrigados a usar nossa “bola de cristal” ou toda uma experiência para definir o perfil “quase” ideal.
Falando em “não ter pecado”, como é sua empresa? Da mesma forma que o profissional não vai fazer uma apresentação de seus defeitos, você também não vai discursar sobre os problemas de sua empresa, vai?
Ao longo dos anos (e olha que são muitos), o que temos visto é que na maioria das vezes, não há uma preocupação em adequar o profissional ao requisitante da vaga (hoje chamado Gestor) e também à empresa como: cultura, segmento, características de participação no mercado, processos, projetos, projeções de crescimento para os profissionais, ambiente de trabalho, valorização de seus recursos humanos e tantas outras coisas.
Se você tiver todas estas respostas, com certeza vai definir o perfil ideal do profissional que se quer ou vai chegar à conclusão de que nunca vai encontrar, o que é pior.
Agora, se realmente estiver seguro,… “ATIRE A PRIMEIRA PEDRA!”.
Luiz Carlos Cunha
Diretor da CSA Desenvolvimento Profissional